quarta-feira, 30 de junho de 2010
Melhores apresentações: O princípio 90 - 10
segunda-feira, 28 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
Melhores textos: O Mundo do Menos e o Mundo do Mais
O Mundo do Menos é o mundo das restrições dos custos. O Mundo do Mais é o mundo-das oportunidades dos valores. No primeiro,- habitam as pessoas, organizações e países incapazes de gerar valor, hipnotizados que estão pela economia de custos. No segundo estão as pessoas, organizações e países prósperos, rodeados de valor, de onde se origina toda a riqueza.
A lógica do mundo dos custos (Mundo do Menos) é a abdicação do valor, substituindo-o pela obsessão pêlos custos, resultando em modéstia inovatória, timpidez empreendedora, descaso com a educação e pesquisa e obtendo o consequente desastre no âmbito da qualidade. Ao contrário, o Mundo dos Valores (Mundo do Mais) está sempre ávido em aprender, em pesquisar, em procurar a qualidade, em agregar valor. O Mundo do Mais aprende a gerar valor para os outros e para si próprio e usufrui deste aprendizado em forma de prosperidade e qualidade de vida. O Mundo do Menos é o mundo do PIB(Produto Interno Bruto ou a somatória dos custos de sociedade). O Mundo do Mais é o mundo do VAB (Valor Agregado Bruto ou a qualidade de vida que o produto gera).
As pessoas, organizações e países do Mundo do Menos só conseguem desenvolver produtos, serviços com baixo valor agregado, isto é, produtos e serviços em cuja composição estão componentes de baixo valor cujos preços tiveram de ser os menores possíveis: matérias-primas baratas, ingredientes simples e sobretudo salários baixos. Está explicado o salário mínimo de 70 dólares, a pobreza urbana e rural, a não qualidade do ensino, a penúria do serviço público. O Mundo do Menos sempre propõe menos: menos valor, menos salário, menos qualidade. Uma montadora de automóveis no Brasil notabilizou-se pela redução do preço dos modelos básicos, através da extirpação da luz de ré, estepe, espelho do lado direito e outras economias menos escandalosas. O Mundo do Custo está irremediavelmente preso na sua própria armadilha: quanto mais se procura baixar o custo, mais o valor vai embora, os talentos desertam e a pobreza impera.
O Mundo do Mais, ao contrário, é obcecado pelo valor. Agrega entusiasmadamente todas as fontes de valor possíveis (cientistas, artistas, bons profissionais, talentos, novas tecnologias) e aumenta o valor das coisas, serviços e processos. No limite, esta busca do valor acaba resultando em subproduto inusitado: a redução dos custos. Quem se esforça em fazer bem só faz uma vez, portanto faz muito mais barato. Vendendo qualidade os japoneses ocuparam o mercado mundial de automóveis, eletrônicos, Hardware, máquinas fotográficas, relógios. Com preços baixos. Surpreendentemente.
A grande contribuição japonesa ao pensamento empresarial e social deste século reside precisamente nesta proposição enigmática: o custo só baixa pelo caminho do valor. A rota do custo para o valor é sempre tortuosa e não leva a lugar nenhum. Beco sem saída.
2. O Mundo do Mais e as comunidades:
Como decorrência desta contraposição, as comunidades também precisam escolher entre os dois mundos. As comunidades dos países desenvolvidos já o fizeram: optaram pelo Mundo do Mais, pelo Mundo do Valor. Embora não nos demos conta disso, fizemos (países subdesenvolvidos e, especialmente, o Brasil) a opção pelo Mundo do Menos: construímos uma sociedade baseada na economia dos custos, no preço baixo dos insumos e na miséria salarial. Convidamos empresas estrangeiras a se instalarem aqui porque "os salários são baixos, há isenção de impostos, os terrenos são subsidiados e há linhas de crédito a juros negativos". Como decorrência psicopatológica, alardeamos a todos os ventos que no Brasil o salário é baixo. A título de "contar vantagem".
As empresas europeias e americanas, que nos seus países de origem estão inseridas no Mundo do Mais (pesquisam, pagam bons salários, desenvolvem coisas novas, apoiam universidades, escolas e projetos comunitários, fabricam e vendem produtos e serviços de alto valor agregado), ao cruzar a linha do Equador incorporam-se imediatamente ao Mundo do Menos (chamam "pesquisa" a tradução de manuais enquanto nas suas matrizes fazem P&D de verdade). Os gastos, em 1993, dos 16 países mais investidores atinge 174 bilhões de dólares.
Orçamento do P&D dos 15 maiores gastadores do mundo (últimos orçamentos)
(em milhões)
01. General Motors (USA) 6,030
02. Daimler Benz (Alemanha 5,474
03. Ford Motor (USA) 5,021
04. Siemens (Alemanha) 4,759
05. IBM (EUA) 4,431
06. Hitachi (Japão) 4,025
07. AT&T (EUA) 3,428
08. Matsushita (Japão) 3,227
09. Fujitsu (Japão) 3,107
10. Alcatel Alsthom (França) 2,863
11. Toshiba (Japão) 2,503
12. RWE (Alemanha) 2,431
13. Nippon Telegraph & Telephone(Japão) 2,372
14. NEC (Japão) 2,208
15. FIAT (Itália) 2,132
(Fonte: Business Week, 27/junho/94)
Gastos de P&D em 93 para os 16 Países Mais Investidores
(em milhões de dólares)
0.1. USA 74,071
02.Japão 37,574
03. Alemanha 25,942
04. Inglaterra 8,945
05. França 8,749
06. Suíça 5,672
07. Holanda 3,805
08. Itália 3,663
09. Canadá 2,297
10. Suécia 1,961
11. Bélgica 462
12. Finlândia 395
13. Nova Zelândia 115
14. Noruega 105
15. Austrália 62
16. Áustria 56
Soma 173,874
(Fonte: Global Vantage)
É desnecessário comparar estes números com os números brasileiros.
Antes que pensemos que a culpa é "deles" vamos botar a mão na consciência e lembrar que o convite para chafurdar no Mundo do Menos sempre parte de nós: para trazer uma fábrica de automóveis entregamos tudo (impostos, terrenos e sobretudo a vergonha da cara). A Metal Leve de São Paulo (capital nacional) instalou seu centro de pesquisa em Ann Harbor nos EUA e não no Brasil. Um determinado Ministro de Estado sugeriu aos japoneses que mandassem para cá as fabricas poluidoras. Políticos e candidatos a política alardeiam pelo mundo a fora as "enormes" vantagens de custos para atrair empresas. Todas do Mundo dos Custos.
Em Cingapura, ao contrário, para se dar um exemplo extremo, não se permite a instalação de fábricas de automóveis (não se trata de não fornecer subsídios, trata-se de proibição pura e simples). A razão é simples: automóveis são produtos que vão se comoditizando e cada vez permitem gerar menos valor agregado. A média salarial é baixa. Mas não precisamos ser tão radicais. Basta adensarmos as experiências do Mundo do Mais.
As comunidades brasileiras precisam entender que não há esperança no Mundo do Menos, por mais que pareçam lógicos os desejos de "gerar empregos" (sempre ruins) e "trazer novas empresas" (sempre de baixo valor agregado).
Não sairemos da miséria peio caminho dos custos, mas somente pelo caminho do valor.
3. Ir do Mundo do Menos para o Mundo do Mais
Realizar este trajeto pressupõe construir um conjunto novo de regras.
a. Esquecer as abstrações "País" e "Estado" e concentrar o foco nas comunidades. Se alguma coisa vai acontecer, será a partir das comunidades.
b. Entender que no Mundo do Mais não há arquitetura social fragmentada como no Mundo do Menos. Se, neste último, o problema social é de competência do "governo", no Mundo do Mais ele é coletivo. Ò Mundo do Mais funciona em networking (competências comunitárias articuladas). O Mundo do Mais é o mundo da ONG (organização não governamental). Todos os assuntos são coletivos e cada ponto do "networking" é um "gateway", isto é, um canal de entrada para novas propostas. Em qualquer área.
c. Entender que só se constrói o Mundo do Mais com decisões concretas: não dar subsídio fiscal ("Imposto é cidadania"), não entregar terrenos de graça, preferir quem agrega valor, proibir empreendimentos geradores de salários baixos. Financiar apenas quem pesquisa, adiciona valor, paga salários médios altos. O Mundo do Mais é uma questão de postura filosófica.
d. Entender que só se pode agregar valor pelo adensamento dos instrumentos necessários: centros de pesquisa, educação, concentração de organizações geradoras de valor, convívio com a excelência internacional, excelência tecnológica.
e. Entender que a educação é a principal alavanca, porque apenas pessoas educadas* conseguem gerar valor. Estudo recente "The East Asian Miracle" (Banco Mundial) investiga as razões do sucesso dos tigres asiáticos e muitas das razões estão na capacidade de educar. O especialista em educação Cláudio de Moura Castro afirma que o espantoso no Brasil não é a não qualidade da educação nacional, mas é termos ido tão longe com ela. Na verdade, a educação brasileira não é ruim. É somente adequada a um projeto do Mundo do Menos. Pessoas que receberão salários de 70 dólares não precisam ser educadas. Basta terem pernas e braços.
f. Entender que é preciso desconsiderar os conceitos de custo. Não interessa a mensuração do P EB (somatória de custos), mas a qualidade de vida que o PEB gera. O aparato analítico da Ciência Económica não consegue perceber o valor, apenas o custo. Daí a preocupação com a distribuição de renda para compensar os defeitos do conceito PIB. Mas a Ciência Económica também não entende que só se distribui renda pela inserção do pobre nos mecanismos de geração de valor e, não, por política fiscal.
g. Entender que não há assuntos isolados. Qualidade Total sai do âmbito empresarial (e da cadeia produtiva próxima) e invade toda a sociedade. Apenas haverá qualidade total para os indivíduos, se houver qualidade total para a sociedade. Em outras palavras, a pobreza tem de ser vencida. E vencida pela agregação do valor. O salário baixo só a perpetua. Desenvolvimento significa ensinar o pobre a agregar valor.
4. O desenvolvimento da sociedade em torno do conceito do Mundo do Mais confere habilidade competitiva nova aos indivíduos daquela sociedade: competitividade comunitária (community competitiveness). Valor atrai valor. Miséria atrai miséria. No momento em que tanto se fala de reengenharia, dever-se-ia almejar, sobretudo, nos países subdesenvolvidos, a Reengenharia da Sociedade ou, em outra palavras, a migração maciça dos pântanos desesperançados do Mundo do Menos para os vales prósperos do Mundo do Mais.
José Monir Nasser, diretor de AVIA Internacional
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Melhores pensamentos:Marques de Marica
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Melhores textos: Liderança Autêntica
Palestrante do Fórum Mundial de Liderança e Alta Performance 2009, Bill George afirma que somente os executivos que dedicarem tempo a seu desenvolvimento individual surgirão como líderes autênticos.
O desenvolvimento da liderança, porém, pode ser visto como uma longa jornada por uma trilha desafiadora. Líderes autênticos aprendem a evitar as tentações ou a superar as falhas de personalidade que levam a esses comportamentos destrutivos; os que se perdem pelo caminho não.
A boa notícia é que líderes em desenvolvimento podem cometer erros e, ainda assim, acertar o passo e continuar sua evolução. Na verdade, esses erros, especialmente os que ocorrem cedo na carreira, são altamente benéficos ao processo de aprendizado e reduzem a probabilidade de cometer erros maiores quando se chega ao poder.
Os cinco perigos
Os principais comportamentos destrutivos característicos, que tendem a ocorrer durante a jornada de um líder estão relacionados abaixo:
Converter-se em impostor
Impostores costumam sofrer de falta de autoconhecimento e de auto-estima, evitando a auto-reflexão e, consequentemente, postergando o desenvolvimento pessoal. Eles surgem nas fileiras da organização com um misto de esperteza e agressividade e usam essas estratégias para atingir posições de poder, mas têm pouca noção de como empregar esse poder para aprender a liderar. Líderes que sucumbem a essa ameaça adotam a política de ir em frente e tirar todo mundo de seu caminho. Ao adquirirem poder, os impostores podem não saber como utilizá-lo. Eles são assolados por dúvidas sobre lidar com responsabilidades da liderança. Seus subordinados mais competentes vão procurar campos mais verdes, enquanto quem permanece na organização tende a manter a cabeça baixa.
Racionalizar acima de tudo
Esses líderes são incapazes de admitir erros, por medo de serem considerados um fracasso ou de perderem o emprego. Por sua inabilidade em assumir a responsabilidade por derrotas e fracassos, eles afastam racionalmente seus problemas. Quando as coisas não acontecem como previram, tendem a culpar forças externas ou subordinados, ou a oferecer respostas fáceis aos problemas. Pior ainda, eles podem tentar encobri-los ou negá-los.
Os crimes dos racionalizadores se tornaram muito aparentes em anos recentes. Os altos preços de ações nos anos 1990, baseados em expectativas cada vez mais elevadas de crescimento de receita, levaram muitos executivos a ir ao encontro das expectativas do mercado de ações enquanto sacrificavam o valor de longo prazo de suas empresas e a própria reputação.
Buscar a glória
Líderes que procuram a glória são motivados pela necessidade de aplausos.
A ameaça de quem busca a glória se origina da necessidade de obter reforço externo para seu amor-próprio. Dinheiro, fama, glória e poder são suas metas, já que eles perseguem a aparência do sucesso. Freqüentemente parece que é mais importante para eles serem conhecidos como poderosos do que construir organizações de valor duradouro.
Para um líder preso na armadilha da busca pela glória, entretanto, a sede de fama
é insaciável. Líderes perpetuamente insatisfeitos não conseguem ser eficazes e tendem a desviar recursos da empresa em benefício próprio.
Encarnar o lobo solitário
Na etapa heróica, é perigoso pensar que a liderança é uma perseguição solitária.
Quando os líderes adotam o papel de lobo solitário, evitam relacionamentos estreitos, não buscam mentores e não criam redes de apoio. Consequentemente, são privados do feedback apropriado.
Em um mundo competitivo, no qual líderes são avaliados por seus méritos, é lógico que aspirantes a líderes cuidariam de desenvolver recursos próprios, preservar suas idéias e confiar apenas no próprio julgamento. Sozinhos, tendem a cometer erros maiores. Caem na armadilha de auto-reforço. Enquanto isso, a empresa descarrila ou sua vida pessoal se esfacela.
Ser uma estrela fugaz
Líderes que caem nessa armadilha se concentram totalmente na carreira e sofrem muito com a falta de uma vida integrada. Viajam incessantemente. E é raro que tenham tempo para a família, para os amigos ou para si mesmos. O sono e exercícios são continuamente adiados. Quanto mais correm, mais seu estresse aumenta. A aceleração da vida nas empresas, alimentada pela tecnologia da informação, globalização e hipercompetição, cria uma demanda crescente por pessoas talentosas interessadas em correr na pista expressa. Apesar de estrelas fugazes se moverem tão rapidamente na carreira, nunca têm tempo para aprender com seus erros. Depois de um ano ou dois em qualquer emprego, estão prontas a ir adiante, antes de se confrontar com os resultados de suas decisões. Quando veem os problemas que causaram voltando para assombrá-las, sua ansiedade aumenta, assim como a urgência de mudar para um novo cargo ou outra empresa. Um dia chegam ao topo, sobrecarregados por um conjunto insolúvel de problemas. A essa altura, tendem a tomar decisões impulsivas ou até irracionais e não têm uma estrutura que permita superar os problemas de forma racional. No final, as estrelas fugazes invariavelmente se apagam.
A longa jornada da liderança
Finalmente, a responsabilidade pelo desenvolvimento da liderança cabe ao próprio líder. Até mesmo alguém tão célebre quanto Jeff Immelt, presidente-executivo da General Electric, percebeu isso quando se viu diante da maior crise de sua carreira na área de plásticos da GE: "Liderança é uma longa jornada rumo a sua alma. Não é algo que alguém possa dizer a você como fazer".
As organizações podem tomar medidas para estimular o desenvolvimento individual de líderes. Muitas empresas de ponta estão mudando seus programas de desenvolvimento de líderes, saindo do foco histórico do desenvolvimento de competências, características, habilidades e estilos para enfatizar o processo de autodesenvolvimento, que leva em conta as histórias de vida. Para isso, elas estão estimulando o uso de sistemas de apoio, como mentoria, treinamento um-a-um, feedback de 360 graus, participação em grupos de discussão sobre liderança e apoio para um trabalho saudável em equilíbrio com a vida pessoal.
Gestores corporativos que realizaram com sucesso a jornada de liderança podem ser o recurso mais adaptável e flexível de uma organização. Evitar os cinco riscos do período inicial de liderança é a primeira parte do desafio do percurso. A segunda, igualmente crucial, é encorajar o desenvolvimento de líderes com um conjunto diferente de perspectivas, capacidades e habilidades.
Entrevista
Existe alguma experiência transformadora em sua bagagem de liderança?
Certamente. Eu escrevo sobre minha vida em meus livros como uma série de obstáculos ou experiências transformadoras. Fui criado por um pai que me disse desde meu terceiro dia de vida: "Filho, você tem de ser um líder, mas não seja como eu". Imagine como é duro para um filho único ouvir do pai "Não seja como eu" e da mãe "Não seja como seu pai". Como lidar com isso? Eu posso dizer que, na infância, fui um desastre como líder. Perdi sete eleições seguidas, da presidência do conselho de classe no último ano do colégio a outras seis na faculdade. Fazia esforços além da conta; meu único foco era eu.
Por que seu pai disse "Não seja como eu"?
Meu pai sentia que tinha grande potencial, mas falhou como líder –porque lhe faltava tato, porque não era paciente o suficiente, por uma série de motivos. Então, por um bom tempo essas eram características que eu sentia que me perseguiam como fantasmas, e continuava tentando não ser igual a meu pai. Percebi que eu não era muito autêntico e que tinha de me apropriar dessas características e dizer: "Ei, sabe de uma coisa? Eu sou quem sou. Sou parte de meu pai, parte de minha mãe, mas sou quem sou".
Olhando para além de sua experiência, por que você acha que CEOs parecem tão obcecados por liderança?
Porque é isso o que são; eles são líderes. Mas na realidade há dois tipos de líderes. Há aqueles que dizem: "Eu sou o centro. Quanto dinheiro sou capaz de ganhar? Consigo fazer com que vocês todos me sigam?". É o que chamo de visão de liderança do século 20. Esse tipo de líder afirma: "Eu vou estabelecer as regras e diretrizes aqui, terei uma grande visão, e meu trabalho é fazer com que todos vocês sigam meus passos". Bob Nardelli, ex-CEO da Home Depot, por exemplo, tem esse conceito de liderança.
E há outra vertente, que não se concentra na própria liderança, mas na capacidade de ação que confere aos outros. Esse tipo de líder diz: "Entremos em acordo quanto aos valores e à visão, entremos em acordo quanto ao contexto geral no qual a empresa está sendo gerenciada, então vamos capacitar as pessoas em nossa organização para ir um passo à frente e liderar". Foi isso que fizemos na Medtronic.
A maioria dos CEOs pensa conscientemente sobre seu estilo de liderança? Ou eles apenas exercem o papel de líderes sem pensar nisso?
Em geral, os CEOs têm muita consciência, sim. Para ser franco, acho que eles pensam demais sobre o estilo. Isso não importa. A única coisa importante é o que acontece quando você senta com um engenheiro ou com seu gerente de projetos, visita uma fábrica ou está diante de um cliente. Como você se sai? Você realmente se interessa pelo que eles fazem? De fato os escuta? Aprende com eles? Capacita-os? Hoje os bons líderes passam o tempo todo com seu pessoal. Percebem que o valor que verdadeiramente perdura em suas empresas não é criado em Wall Street nem pela mídia, mas o valor criado a partir de uma interação autêntica com seu pessoal.
Pode-se dizer que a Medtronic, empresa que você dirigiu, também gerou valor para a humanidade criando o marca-passo. Mas imaginemos que você fosse o comandante de uma organização que produzisse batatinhas fritas, cigarros, bebida alcoólica ou mesmo armas. Você sentiria a mesma satisfação e o mesmo valor com esse trabalho?
Em armamentos não, por isso saí da Honeywell. Mas eu poderia trabalhar para a Target, varejista. Ela nunca salvou nenhuma vida, porém criou um lugar empolgante para fazer compras e traz grande valor para os consumidores. Não precisa ser algo ligado a salvar vidas. Pode ser como Dick Kovacevich, na Wells Fargo, que criou um banco realmente amigável a pessoas físicas em mercados de tamanho menor, ajudando-as a manter contas de poupança para poder custear o estudo dos filhos; isso é particularmente importante para Dick, que vem de uma comunidade na qual ele foi o primeiro a fazer faculdade. Trata-se de seu verdadeiro norte, de quem ele é realmente.
Deixe-me levantar outra questão polêmica: raramente os executivos devolvem voluntariamente bônus que receberam por resultados que não atingiram. Perderam seu verdadeiro norte?
Sem dúvida. Mas temos de nos perguntar como chegamos a isso –e a resposta é a pressão dos investidores. Nossos números estão um pouco baixos, então vamos tomar um pouco emprestado do futuro. No ano seguinte, porém, precisamos tomar emprestado um pouco mais. E de repente a montanha de números é imensa e não conseguimos alcançá-la; aí começamos a fazer coisas completamente erradas, assinando contratos de cinco ou dez anos e contabilizando tudo no presente, embora ainda tenhamos dez anos de serviço a fornecer. Esse é o tipo de coisa que acontece quando as pessoas ficam desesperadas para manter o jogo rolando. O motivo pelo qual elas não buscam transparência é que não querem saber o que está acontecendo.
Algumas coisas são relativamente transparentes e, mesmo assim, problemáticas. Estou pensando nos contratos de empregos com salários imensos para os CEOs. Você não acha que isso tem impacto sobre o desempenho da liderança?
Certamente. Se eu, funcionário, vejo você vindo de fora –sem conhecer o negócio, com um salário gordo e bônus garantido– e sei que mesmo que você fracasse e seja demitido sairá com uma montanha de dinheiro, enquanto meu salário está achatado há dez anos, isso me incomoda; destrói a confiança. Por que vou segui-lo? Por que trazer um CEO de fora, para começar? O cerne do problema é que o conselho de administração não fez o trabalho que devia para criar um sucessor. Como eu disse, uma das melhores coisas que Jack Welch fez foi criar um sucessor de dentro da empresa.
Não piorou o modo como os líderes, principalmente os CEOs, pensam sobre seus legados? Larry Ellison, da Oracle, disse certa vez que queria morrer como o homem mais rico da Terra. Por quê?
Uma das coisas que faço nas aulas em Harvard é pedir aos alunos que pensem no legado que deixarão, no que terão orgulho de contar para os netos.
Bill George, é professor de prática de gestão da Harvard Business School e autor dos livros Authentic Leadership: Rediscovering the Secrets to Creating Lasting Value e True North: Discover Your Authentic Leadership (ambos, ed. John Wiley), o último escrito em parceria com Peter Sims. Seu diferencial é ter sido executivo sênior na prática. Começou a trabalhar na Medtronic em 1989, como presidente e principal executivo de operações (COO). Eleito CEO em 1991, permaneceu no cargo até 2001. Sob sua gestão, o valor de mercado da empresa saltou de US$ 1,1 bilhão para US$ 60 bilhões, num ritmo de aumento médio anual de 35%. Antes disso, George foi executivo sênior da Honeywell e da Litton, ambas do setor de eletrônica. Foi eleito, em 2001, executivo do ano pela Academy of Management dos Estados
Unidos e escolhido, em 2004, uma das 25 personalidades mais influentes dos negócios dos últimos 25 anos pela Wharton School e pelo programa de TV Nightly Business Report, da PBS, rede de TV pública dos Estados Unidos.
Fonte: HSM Management 64 e 69
HSM Online
25/05/2009
terça-feira, 22 de junho de 2010
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sábado, 19 de junho de 2010
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quarta-feira, 16 de junho de 2010
Melhores textos: Aspectos Históricos sobre a Gestão Organizacional e Capitalista
por Marcos Antonio Martins Lima:
Os primórdios da Administração ou Gestão Capitalista sofreram influências diversas que vão desde a era histórica primitiva, os filósofos, os economistas liberais, os primeiros empreendedores capitalistas, a organização religiosa, a organização militar e, principalmente, a Revolução Industrial, que tornou as organizações mais complexas, maiores e desorganizadas, o avanço tecnológico e a necessidade de atualização por parte das organizações trouxeram novos problemas que ameaçavam a sua eficiência e a sua competência.
A Abordagem Clássica ou Tradicional da Administração compõe-se da Escola de Administração Científica desenvolvida inicialmente por Frederick Winslow Taylor (1856-1915) depois tendo agregado as idéias de Henry Ford (1863-1947); e da Escola do Processo Administrativo ou Teoria Clássica de Henri Fayol (1841-1925). Mesmo antes de Taylor as idéias de Adam Smith (1723-1790) e de Charles Babbage (1792-1871) sobre a divisão do trabalho, especialização e de suas vantagens para o sistema capitalista foram bastante agregadoras a essa Teoria. A Administração Científica de TAYLOR (1987), que até hoje tem alguns de seus postulados em uso nas organizações modernas, tem 5 (cinco) princípios básicos: os gerentes deveriam assumir toda a responsabilidade pela organização do trabalho, ao invés dos trabalhadores; a determinação da forma mais eficiente de realizar uma tarefa devia ser feita através de métodos científicos; os cargos devem ser providos por pessoas previamente selecionadas; o trabalho seria executado eficientemente quando os trabalhadores fossem treinados; e a fiscalização do trabalho assegurava o cumprimento dos procedimentos e o atingimento dos resultados.
O taylorismo consiste ainda na dissociação do processo de trabalho das especialidades dos trabalhadores, ou seja, o processo de trabalho deve ser independente do ofício, da tradição e do conhecimento dos trabalhadores, mas inteiramente dependente das políticas gerenciais. Taylor compreendeu e aplicou o princípio de Babbage ao separar a concepção da execução (cerébro e mãos), monopolizando o conhecimento para controlar cada fase de execução do trabalho. Ele acreditava que havia uma melhor maneira de realizar uma tarefa, e a produtividade poderia ser aumentada com os operários desempenhando tarefas rotineiras e não exigindo que eles tomassem decisões.
O enfoque taylorista rejeitava qualquer contribuição inteligente por parte do trabalhador, que poderia ser substituído sem maiores problemas para a organização. Segundo TAYLOR (1987) a Administração Científica constitui ciência em lugar de empirismo, harmonia em vez de discórdia, cooperação e não individualismo, rendimento máximo para se alcançar maior eficiência e prosperidade. Enquanto o Taylorismo preocupava-se com as tarefas, a Teoria Clássica preocupou-se com a organização como um todo. Fayol e os demais clássicos formularam uma estrutura organizacional ideal e pressupunham que se tal estrutura fosse atingida, o trabalho seria simples, impessoal e racional. FAYOL (1990) define o ato de administrar no que ficou conhecido como POCCC (prever, organizar, comandar, coordenar e controlar). Ele utiliza ainda os seguintes princípios de Administração: divisão do trabalho (especialização para aumentar a eficiência); autoridade e responsabilidade (não se concebe autoridade sem responsabilidade); disciplina (obediência, assiduidade e respeito); unidade de comando (o agente deve receber ordens de um único chefe); unidade de direção (convergir os esforços para os mesmos objetivos); subordinação do interesse particular ao interesse geral; remuneração do pessoal (diversas formas: por dia, por tarefa, por peça, prêmios etc. Desde que fosse justa e garantisse a satisfação dos empregados e da organização). Em Taylor a remuneração era baseada na produção (por peça produzida por exemplo) só que com planos de incentivo e prêmios, a partir da superação de tempos padrões na produção; centralização (para pequenas empresas é absoluta, mas para as grandes a descentralização deve ser admitida); hierarquia (série de chefias); ordem (um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar); eqüidade (combinação da complacência com a justiça); estabilidade do pessoal (a rotatividade de pessoal tem impacto negativo para a organização); iniciativa (capacidade de visualizar um plano e assegurar o seu sucesso); e união do pessoal (esforços para estimular a harmonia).
O Fordismo foi uma das inovações mais revolucionárias no processo de trabalho, pois introduziu a linha de montagem na indústria automobilística. Inaugurada em 1903, a Ford Motor Company, passou a produzir o Modelo T em 1908, os processos mudaram um pouco, mas a demanda foi tamanha que foi necessário rever os métodos e o processo produtivo. O modelo Fordista apresenta as seguintes características: racionalização taylorista do trabalho com uma profunda divisão horizontal (parcelamento de tarefas) e vertical (separação entre planejamento e execução); desenvolvimento da mecanização através de equipamentos altamente especializados; produção em massa de bens padronizados; passagem de um sistema de tempos alocados (onde o tempo a ser gasto na execução de cada tarefa é determinado pela
gerência) para um sistema de tempos impostos (no qual a cadência do trabalho é regulada de forma mecânica e externa ao trabalho); e salários relativamente elevados e crescentes, incorporando ganhos de produtividade para compensar o tipo de processo de trabalho predominante. O fordismo adotou 3 (três) princípios básicos: princípio da intensificação (diminuir o tempo de duração com o emprego de equipamentos e matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado); princípio da economicidade (reduzir ao máximo o estoque de matéria-prima em transformação); e princípio da produtividade (aumentar a capacidade de produção do empregado através da especialização e da linha de montagem).
A Abordagem Tradicional e Clássica dava ênfase nas tarefas (Taylor), na estrutura (Fayol) e na produção em massa (Ford). Se fundamenta na organização racional do trabalho e no "homo economicus", ou seja, as pessoas são profundamente influenciadas por recompensas salariais e materiais. O Taylorismo como filosofia difere do Taylorismo como sistema de produção, pois as idéias de Taylor representam grandes avanços na Teoria das Organizações, embora suas práticas organizacionais tenham provocado até involuções sociais.
Os indicadores financeiros não são suficientes porque não nos informam se estamos a aumentar as nossas vantagens competitivas, e se estamos a melhorar o nosso relacionamento com clientes e fornecedores. Mas, são insuficientes sobretudo porque a contabilidade e as finanças falam-nos do passado mas não nos dizem nada sobre o presente e muito menos sobre o futuro. Gerir as pequenas e médias empresas com base na contabilidade é como conduzir olhando pelo retrovisor.
A Abordagem Humanista da Teoria Organizacional contrariou vários postulados da Abordagem Clássica de Fayol e da Administração Científica de Taylor. A ênfase na estrutura e nas tarefas é substituída pela ênfase nas pessoas. A natureza do ser humano como "homo social" substitui a concepção de "homo economicus", ou seja, as pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento, de aprovação social e de participação, e não motivadas e incentivadas por estímulos salariais e financeiros. Dentre os autores que agregaram referencial teórico à Abordagem Humanista no sentido das relações sociais e psicológicas podem ser citados: Mary Parker Follet (1868-1933), George Elton Mayo (1880-1949), Kurt Lewin (1890-1947), Herbert Alexander Simon (1945), Abraham H. Maslow (1908-1970), Frederick Herzberg (1959) e Douglas M. McGregor (1960).
Através das experiências coordenadas por Elton Mayo e realizadas a partir de 1927 na fábrica da "Western Electric Company", que produz equipamentos e componentes telefônicos, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne, foi permitido o delineamento dos princípios básicos da Abordagem Humanista. É-nos necessário expor alguns aspectos do pensamento de MAYO (1959), um cientista social australiano, professor e diretor do Centro de Pesquisas Sociais da "Harvard School of Business Administration". Segundo BENDIX e FISHER (1971) para Mayo a conduta do homem na sociedade é determinada basicamente pela tradição. O comportamento tradicional é visto sob a ótica de um objetivo social positivo. A felicidade individual e o crescimento e a saúde da sociedade dependem da existência de um sentido de "função social" do indivíduo. Para Mayo o conflito é uma chaga social e a cooperação é o bem-estar social, exceto as formas de cooperação apoiadas por meios políticos, como as negociações coletivas, que na verdade não são cooperação, mas apenas substitutos artificiais. Assim quando cada indivíduo possui o senso de função social e responsabilidade, a sociedade torna-se um organismo social sadio. A tradição designa o seu papel no grupo. A cooperação, quando é assegurada, integra os objetivos individuais aos coletivos. Os administradores industriais devem organizar essa cooperação, pois os operários apenas cooperam quando aceitam os objetivos da administração. As experiências de Hawthorne levaram a conclusões que colocavam em cheque as formulações da Abordagem Clássica e da Administração Científica, pois derrubavam por terra a prepoderância dos fatores fisiológicos sobre os psicológicos. Essas conclusões podem ser resumidas da seguinte forma: é a capacidade social do trabalhador que estabelece o seu nível de competência e de eficiência e não sua capacidade de executar corretamente os movimentos dentro de um tempo pré-determinado; o comportamento do indivíduo se apóia no comportamento do grupo. O grupo estabelece métodos para manter o respeito pelas suas atitudes. Quem produzisse em ritmo muito rápido era tratado com sarcasmo e apelidos como forma de desaprovação do grupo; a existência de uma organização informal composta por grupos sociais informais. Esses grupos constituem a estrutura humana da empresa; e relações humanas são as atitudes e ações desenvolvidas pelas interações entre pessoas e grupos.
Após os ciclos de experiências em Hawthorne, Mayo passa a adotar os seguintes pontos de vista: o trabalho é uma atividade tipicamente grupal; o operário reage como membro de um grupo e não como indivíduo isolado; a organização eficiente é incapaz de elevar a produtividade se as necessidades psicológicas não forem descobertas, localizadas e satisfeitas; e as relações humanas e a cooperação constituem a chave para evitar o conflito social. Essas idéias irão influenciar, sobremaneira, as escolas seguintes da Administração: escola comportamental ou behaviorista, escola do desenvolvimento organizacional e outras.
Bibliografia:
TAYLOR, F. W. Princípios de Administração Científica. São Paulo: Atlas. 1987.
FAYOL, H. Administração Industrial e Geral. São Paulo: Atlas. Cap 1, 2a. Parte. 1990.
MAYO, Elton. Problemas Humanos de uma Civilizácion Industrial . Buenos Aires: Galatea. Cap. 3-5, 1959.
BENDIX, R. E FISHER, L. As Perspectivas de Elton Mayo, in A. Etzioni (org), Organizações Complexas. São Paulo: Atlas. 1971. p. 119-131.
Material compilado pela Núcleo RH: R. Pernambuco, 189 – 13º andar – CEP 30130 150 – BH/MG – Pabx (31) 3213 6565 – www.nucleorh.com.br
terça-feira, 15 de junho de 2010
Melhores textos: Dicas do Prof. Marins -10 DICAS PARA SER UM EMPREENDEDOR!
> Quais as principais características de um "empreendedor"? Aqui vão elas:
>
> 1. Boas idéias são comuns a muitas pessoas. A diferença está naqueles que
> conseguem fazer as idéias transformarem-se em realidade, isto é, implementar as
> idéias. A maioria das pessoas fica apenas na "boa idéia" e não passa para a
> ação. O empreendedor passa do pensamento à ação e faz as coisas acontecerem.
>
> 2. Todo empreendedor tem uma verdadeira paixão por aquilo que faz. Paixão faz a
> diferença. Entusiasmo e Paixão são as principais características de um
> empreendedor!
>
> 3. O empreendedor é aquele que consegue escolher entre várias alternativas e não
> fica pensando no que deixou para trás. Sabe ter foco e fica focado no que quer.
>
> 4. O empreendedor tem profundo conhecimento daquilo que quer e daquilo que faz e
> se esforça continuadamente para aumentar esse conhecimento sob todas as formas
> possíveis.
>
> 5. O empreendedor tem uma tenacidade incrível. Ele não desiste!
>
> 6. O empreendedor acredita na sua própria capacidade. Tem alto grau de
> auto-confiança.
>
> 7. O empreendedor não tem fracassos. Ele vê os "fracassos" como oportunidades de
> aprendizagem e segue em frente.
>
> 8. O empreendedor faz uso de sua imaginação. Ele imagina-se sempre vencedor.
>
> 9. O empreendedor tem sempre uma visão de vários cenários pela frente. Tem, na
> cabeça, várias alternativas para vencer.
>
> 10. O empreendedor nunca se acha uma "vítima". Ele não fica parado, reclamando
> das coisas e dos acontecimentos. Ele age para modificar a realidade!
>
> Pense nisso. Você tem estas características? Como é o seu pessoal?
>
> Luiz Marins, Ph.D.
>
>
> Glossário : Empreendedor = Que empreende, Ativo, Arrojado
> Empreender = Tentar realizar algo difícil, por em execução, fazer
> Tenacidade = Constância, persistência, obstinação
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Melhores textos: MAPA IMPRESSIONANTE E IMPORTANTE
Verifique que a população da Europa não consegue se substituir.
http://www.breathingearth.net/
Enviado por Luis Bueno Baddini
sábado, 12 de junho de 2010
Melhores textos: 2012, MAIS UM ENGODO PSEUDO-ESOTÉRICO?
Por Celso Zymon (novembro de 2008)
Prezados amigos e amigas de jornada. Os que me conhecem sabem da minha posição quanto ao esoterismo atual. Com raras e honrosas exceções, todos continuam "perdidos" em meio ao real e imaginário e ainda por algumas vezes doentio. Porém o mais estranho de tudo não são os "comerciantes do mercado", mas sim os "compradores". Esses sim me assustam.
Vamos começar pelo fatídico dia 14 de outubro 2008 onde a canalizadora Blossom disse que o mundo iria ser visitado por grandes naves espaciais, isso foi um bom exemplo do que tenho a dizer. O "mundo" parou nesse dia para olhar o céu e aguardar. Haviam correntes de e-mail por todo lado, mensagens no YOU TUBE, traduções para várias línguas. Talvez eu tenha sido a única pessoa a divulgar publicamente, semanas antes, que nada iria acontecer. Divulguei isso abertamente em meu site WWW.filoterapia.com e através do meu mailing list para mais de 6 mil pessoas. Se mais alguém divulgou com antecedência que nada ocorreria desconheço.
Sinceramente gostaria muito que tivesse realmente ocorrido a aparição da grande nave nos céus, mas conhecendo a base da maioria das canalizações pude afirmar que nada iria acontecer. Como de fato foi o que ocorreu, ou melhor, não ocorreu. Depois do segundo ou terceiro dia do "fracasso" é que os grandes sites e grupos esotéricos começaram a explicar ou colocar seu ponto de vista ao público. Mas antes da data prevista não conheço nenhum que elucidou o público.
Temos centenas de outros exemplos, mas para não prolongar vamos direto ao Calendário Maia que é o foco desta nossa conversa. Na realidade não há problema algum com ele, os Maias foram (e continuam sendo) um povo adiantado e de grande sabedoria, matemáticos, pontuaram uma progressão geométrica dos acontecimentos baseados na ampla observação unida a dons especiais. Exemplo: se você não controlar o crescimento populacional até o ano ...... ocorerrá um acréscimo de ...... e haverá problemas de ...... o que culminará em...... por volta de ....... anos. Bem, esse é apenas um modestíssimo exemplo de coisas explicáveis que os Maias deixaram escrito e que podemos resumir assim: Senhores do futuro tempo, nossos irmãos, se não "acordarem a tempo" irão se auto-destruir por seus próprios atos causando uma disbiose planetária. Pronto. Nada mais que isso. Obviamente estamos passando por momentos críticos e que podem piorar muito, segundo muitos cientistas já é irreversível o processo de degradação da Terra e com isso muitas mudanças ocorrerão, em todos os níveis. Segundo os estudos científicos da Universidade Albert Schweitzer os ciclos biogeoquímicos que sustentam a Terra já estão se rompendo.
Mas a história aqui é que cria-se uma fantasia tão grande em cima de um processo já esperado que acabo me perguntando, estou errado? Será que há mais alguém que pensa como eu? Sará que é difícil separar realidade da fantasia nesse assunto? Felizmente estou encontrando mais pessoas e abaixo transcrevo uma mensagem do grupo SER ATENTO coordenado por Carlos Aveline para que possam ter um outro lado da reflexão.
Mas antes quero relatar-lhes que um canalizador me chamou a atenção, e são poucos que me chamam a atenção, esse eu realmente quero dar crédito, pois o que ele me passou foi pura emoção, chama-se Neale Donald Walsch (autor de Conversando com Deus). Fiz parte do seu grupo de estudos por um tempo, pois seus livros e filme tocaram meu coração. Em um dos estudos uma pessoa que fez um curso com Ramtha, outra canalizada renomada internacionalmente mas que ao meu ver parece ser mais um grande engodo, perguntou para Neale: E quanto a 2012? Ramtha disse que devemos estocar alimento, mudar para as montanhas, isolar-se, etc, o que você ou Deus tem a dizer?
Respirou profundamente e disse: Sabe o que ela vai dizer se ao chegar em 2012 não acontecer nada? Todos ficaram mudos aguardando a resposta... Bem ela vai dizer que "a humanidade passou por grandes provações e o conselho dos Deuses irão dar mais uma chance a todos, não destruindo a Terra pois mudamos nossa vibração e nossos pensamentos estão mais elevados agora, mas que isso sirva de um grande alerta para mudarem ainda mais a forma de pensar e de agir, é a última chance". E assim encerrou sua explicação. Todos continuaram mudos. Ou seja. Há um movimento enorme e uma preocupação enorme para absolutamente nada. Não estou dizendo que nada irá acontecer, porém que é um absurdo ver e ler um monte de teorias sem fundamento algum. Os ciclos da vida e do cosmos são naturais, os eventos são naturais, a extinção de uma raça quando ela não "acorda" é natural. Apenas isso. Árvore que não dá frutos, acaba-se com ela. Isso é um simbolismo.
Voltando ao caso dos canalizadores e pessoas ligadas ao mundo pseudo-espiritual, Não é isso que a maioria dos canalizadores falam? Predizem algo e se esse algo não acontece dizem simplesmente que mudamos a vibração e fomos abençoados? Ou que repetem assuntos já sabidos por todos! E isso gera absurdos ainda maiores como os abaixo exemplificados:
Que tal passar um fim de semana com os mestres por 3 parcelas de R$200,00?
Que tal passar o carnaval com os anjos e mestres ascencionados junto a natureza da cidade ... por 5 parcelas de R$185, 00 com direito a café da manhã e banho?
Parece brincadeira? Acham que estou brincando?
Mas é o que inúmeros "canalizadores" tem feito. Basta dar um 'look' no Google. Sei que há exceções em tudo, porém são somente exceções onde deveria ser maioria.
O livro Mensageiros do amanhecer, interessantíssimo, predisse uma data, 1999, e nada aconteceu. O livro exilados da Capela, muito bom por sinal e sério, também predisse a data de 1984, e o que aconteceu? Nada! Estamos ainda aqui, em guerra, em desamor total, em loucura e fanatismo. Creio que esperamos o fim do mundo para justificar nossa total falta de coragem, nossa total preguiça e falta de verdadeiro amor. Pois se tivéssemos verdadeira consciência, amor e ação correspondente diríamos, 2012 será o melhor ano do planeta, pois iremos construir agora o melhor dia, o melhor mês, o melhor ano para que 2012 seja um ano de luz. Vou agora acabar com a corrupção dentro de mim. Não mais vou votar nos candidatos que estão lá, mas vou eleger e escolher um entre os meus amigos que confio, que seja íntegro e vou apoiá-lo a se eleger. E se não houver alguém digno, votarei NULO. Isso mesmo. Se todos fizessem isso iriam ver o que aconteceria. Vou assumir que tudo depende de mim em primeira instância e não vou dar a outra face para baterem, mas vou TOMAR POSSE DO QUE É MEU e ajudar o meu irmão a fazer o mesmo. Assim não damos chance para o usurpador, para o mal, para as sombras e iluminaremos nosso templo. Que acha disso?
Um dos grandes problemas é que poucos querem ver ou perceber a realidade que coloquei acima! Ficaram cegos.
Importante ressaltar que há realmente um ciclo que se inicia e que mudanças sérias e talvez catastróficas ocorrerão, mas que não se faça pseudo-especulação em cima da boa vontade ou ingenuidade humana!
Aqui está o texto do grupo SER ATENTO que também sugere uma reflexão profunda em nossas crenças e aceitações esotéricas.
FABRICANDO 2012: A INGENUIDADE EM AÇÃO
Amigos,
( Brasília, 24 fevereiro 2009)
Há circulando pela internet mensagens falando de 2012 como se fosse uma data 'fatídica' indicada pela tradição maya, e fazendo publicidade para um filme de Hollywood que será lançado em breve a respeito.
Vale a pena deixar claro: na verdade, não há qualquer menção a 2012 na tradição Maya em si mesma.
Tudo não passa das especulações de José Arguelles, feitas no final do século 20, com base em alguns dados astrológicos.
A observação isenta e a tradição esotérica mostram que as transições de eras se fazem gradualmente ao longo de séculos. A marcação de datas exatas para o 'fim do mundo' ou qualquer transição mundial resulta, isso sim, da ansiedade pessoal de pessoas desinformadas em relação à filosofia esotérica e aos grandes ciclos de tempo em que se dá a evolução humana.
Todo aquele que investigar as reais fontes e a verdadeira origem do suposto 'calendário maya' apontando para 2012, verão que a única 'fonte' é Arguelles, tentando seguir os passos do sucesso de Carlos Castaneda, este sim, um pensador profundo e ligado a tradições reais.
É verdade que estamos vivendo uma transição mundial difícil, acelerada, geológica, cultural, política, militar e espiritual.
Mas é melhor não exagerar nas especulações. Devemos priorizar, isto sim, a Arte de Agir Corretamente, plantando bom Carma sem antecipar datas para isso ou aquilo.
Marcar datas coloca as pessoas na posição de espectadores.
O que precisamos, ao contrário, é de cidadãos planetários ativos, co-responsáveis pelo processo todo, dotados de uma visão construtiva, ao mesmo tempo prática e contemplativa, e de longo prazo.
Fraternalmente,
Carlos Cardoso Aveline
(editor de www.filosofiaesoterica.com)
Não quero que com o que lancei pense que sou descrente, muito pelo contrário, foi por ser crente até demais que me deparei com inúmeras situações de fraude, porém que mesmo ao alertar as pessoas envolvidas preferiram e escolheram permanecer como estavam. Depois de passar maus momentos com diversos falsos conselheiros espirituais e pseudo-mestres canalizados, desenvolvi um senso crítico que hoje me permite com toda razão e sem medo dizer quem está ou não com intenções corretas e inspirações realmente divinas. E creiam, são raros, muito raros.
Mais abaixo coloco um pequeno resumo do livro que fala sobre as profecias maias.
Na época em que o li, montei até um quadro delas pois pensava em se tratar de uma tradução verídica do calendário, ainda em ingenuidade acreditava que o autor era autêntico, mas depois que comecei a leitura percebi que havia um tipo de canalização ou inspiração mediúnica misturada com o egocentrismo, de uma forma que não preenchia meu coração, então iniciei minha pesquisa individual e o tempo pode comprovar a realidade.
Leia e veja por si, que nada aconteceu segundo o livro de Jose Arguelles tido como referência mundial para as Profecias Maias. Se alguém tiver novas versões independentes e estudos sérios, estou de mente aberta para conhecer. Que me enviem para rever os pontos de vista, até lá, que assim seja.
Transcrevo pedaços das profecias maias segundo o autor mencionado.
2002
Ano de preparação de transição
2003
Aumenta o número de pessoas que não toleram novas energias.
2004
Mudanças repentinas nas pessoas.
Tombam os alicerces da igreja católica.
Morre o papa João Paulo II
2005
Aparece no Céu um novo planeta
O sistema bancário quebra
2006
Existem dois tipos de humanidades bem diferenciadas
Grande caos em nível mundial
As catástrofes planetárias põem em harmonia os povos
2007
Desaparecem muitas fronteiras
Começa o sentimento de unidade
A humanidade colabora com irmãos maiores
2008
Os que conseguem tolerar a freqüência de 13 ciclos ficam os demais desencarnam
Os povos se ajudam entre si
É feita a limpeza total astral do planeta
Bem, vou parar por aqui. Não precisamos ir mais longe para dizer que o "evento 2012" comentada nesse livro e discutida no mundo todo pode ser nada mais do que outra grande fraude pseudo-esotérica.
Basta ler as profecias "Maias" acima e verão que nada está no seu lugar, interpretação errônea de José Arguelles?
Não desvalorizo o calendário Maia, pois sabemos que era um povo de rara inteligência, mas questiono sim a tradução ou interpretação de má fé, canalizada por "sei lá quem" que se diz um legítimo MAIA.
Obviamente estamos passando por grandes transformações, mas nada que o próprio homem não tenha causado, e pior, conscientemente, se é que podemos chamar isso de consciência, na realidade, egóica tão somente.
Creio que passamos da fase de simplesmente acreditar, precisamos ir mais além. Mas também não é comprovar cientificamente tudo, nada disso, é ir mais além, e ir no ato, na ignição de tudo.
Quanto ao que acontecerá em 2012 simplesmente limito-me a dizer que o amor vencerá sempre. Porém para aqueles que sabem amar. E aqui vem a pergunta: Se em 2012 Deus perguntar a todos, quem de vocês sabe amar?
O que responderemos? O que você responderá?
Esse talvez seja o maior desastre da humanidade, não há catástrofe pior do que essa. A Terra pode desaparecer, os mares podem inundar, mas não há pior catástrofe do que um coração sem amor!
E é esse coração frio que o mundo tem se tornado, portanto digo, independente de haver catástrofes ou não o meu coração está em paz e para mim 2012 será um ano maravilhoso. E para você?
Enviado por Ricardo Teixeira
Melhores dicas de livros: UNIDADE: Os princípios comuns a todas as religiões
UNIDADE: Os princípios comuns a todas as religiões
Jeffrey Moses
Editora Sextante, 2009
Um livro voltado para a cultura da paz. O autor, mestre em Filosofia da Educação, pesquisou durante mais de 20 anos os pontos em comum de algumas das principais religiões. Nesta terceira versão do livro, apresenta 64 princípios comuns a todas elas. Depois de uma breve introdução ao princípio, cita expressões extraídas dos ensinamentos que o corroboram. O foco está sempre no "espírito da lei", não necessariamente na sua letra. O primeiro texto é sobre a "Regra de Ouro". O último é composto de orações das várias religiões que sintetizam quase todo o conteúdo da obra.
É um livro voltado para a cultura da paz porque procura demonstrar que, na essência, somos todos um e que não faz sentido nos colocarmos como inimigos, cultivarmos mágoas, nutrirmos ódios, sermos predatórios, estimularmos a competição desenfreada que leva às guerras. E isto não apenas no âmbito das organizações, das sociedades, do planeta. A paz pode ser cultivada também em cada relacionamento que mantemos com qualquer pessoa, qualquer ser vivo, qualquer ambiente. A leitura nos leva a refletir sobre o que fazemos no nosso dia a dia que pode gerar felicidade ou produzir desentendimentos e sofrimento. O que eu penso de cada uma das pessoas com quem tenho contato? Pode ser um contato longo e intenso ou apenas uma troca de olhares. Eu discrimino as pessoas com meus pensamentos, meus sentimentos, minhas palavras (e o tom da voz), minhas decisões? Ou eu sempre "vejo Deus atrás de cada olhar"? Como isto se reflete nos ambientes que eu ajudo a criar com as minhas a atitudes? Como eu uso os recursos que estão à minha disposição? Procuro sempre a parcimônia, a responsabilidade, o não esbanjamento? Ou sequer me dou conta de que vivemos num planeta finito e que as consequências do desperdício serão vividas pelas próximas gerações? Estes são alguns dos temas presentes nas tradições milenares, mas que ainda não penetraram na consciência humana.
Independentemente de qual seja a religião de sua escolha (e até mesmo para os que não vêm sentido nas religiões), esta obra pode proporcionar momentos intensos de reflexão e de auto-avaliação sobre seu papel no mundo.
Tarcisio Cardieri
Melhores dicas de livros: O FUTURO DA ADMINISTRAÇÃO
O FUTURO DA ADMINISTRAÇÃO
Gary Hamel
Editora Campus, 2007
No início do século
O mundo do século 21 é bem diverso do daquela época. Com os avanços da tecnologia e a importância do conhecimento para gerar inovações, a posse e organização de recursos materiais como fatores chave de sucesso das organizações ficaram bastante minimizadas. Para este novo mundo organizacional são necessários outros modelos de gestão, radicalmente diferentes. É o que Gary Hamel propõe nesta obra.
Hamel define gestão como "a capacidade de mobilizar recursos, traçar planos, programar o trabalho e estimular esforços". E afirma que isto "é fundamental para a realização dos objetivos do ser humano". Como são seres humanos os executivos e trabalhadores em geral de qualquer tipo de organização, assim como os consumidores de todos os bens e serviços, os objetivos das pessoas cada vez mais se interligam com os das empresas, órgãos governamentais e entidades do terceiro setor. E os modelos de gestão baseados exclusivamente no capital se tornam não apenas inadequados, mas danosos para as organizações e para a sociedade.
A proposta contida no livro não é de uma "receita de sucesso". Embora apresente vários exemplos de organizações que já estão criando novos modelos, eles não são tratados como melhores práticas a serem seguidas por outras. Hamel destaca que cada organização deverá criar seu próprio modelo, inspirando-se nos referenciais adotados por quem já está efetivamente operando na realidade do século 21. Mais do que receitas de sucesso, ele apresenta um cardápio de provocações para que cada leitor busque criar novos modelos de gestão. A leitura, ela mesma, é um estímulo intenso para a busca da inovação.
Melhores dicas de livros: Como Resolver Problemas Complexos
Como Resolver Problemas Complexos
Adam Kahane
Editora Senac São Paulo, 2008
Como um bacharel em Física e licenciado em Economia de Energia e Recursos se transforma em um facilitador de diálogos voltado para a solução de problemas complexos como a superação do apartheid na África do Sul? A trajetória de sua evolução pessoal é o eixo deste livro de Adam Kahane. Com extraordinária sinceridade, ele relata sua transformação de um técnico brilhante, frio e lógico, que acreditava que para todos os problemas havia uma resposta certa (em geral, matemática), em um ouvinte respeitoso, capaz de fazer emergir o que de melhor as pessoas têm, ainda que estejam em campos opostos.
O livro foi escrito com a intenção de partir de situações menos complexas e evoluir para as mais desafiadoras. Neste processo vão sendo apresentados os conceitos extraídos das práticas analisadas. O conjunto forma uma espiral evolutiva de aprendizagem na forma de uma jornada envolvente e cativante. Embora as situações relatadas se refiram principalmente a problemas sociais de grande porte, como as negociações com a guerrilha na Colômbia e a reconstrução da Nicarágua pós ditadura, há sempre referências a situações análogas nas empresas e em órgãos governamentais (e também no ambiente familiar). No final são apresentados princípios fundamentais, que emergiram da prática, para a atuação do mediador que busca construir novas realidades. Alguns deles:
- Preste atenção ao seu estado de ser e a como você conversa e ouve. Observe suas próprias premissas, reações, contrações, ansiedades, preconceitos e projeções.
- Manifeste-se. Observe e diga o que está pensando, sentindo e desejando.
- Lembre-se de que você não conhece a verdade acerca de nada. Quando você pensa que está absolutamente certo sobre como são as coisas, acrescente "na minha opinião" à sua frase. Não se leve tão a sério.
Este princípios podem parecer simples, mas praticá-los efetivamente é u enorme desafio. Por isso, Kahane revela extrardinária franqueza em reconhecer que várias tentativas de solução não apresentaram os resultados desejados. O que ele procura destacar, nestes casos, é a aprendizagem obtida a partir da análise das causas do insucesso e como essa aprendizagem foi utilizada nos eventos seguintes em que esteve envolvido.
Um livro fundamental para quem busca resolver problemas complexos sem o uso da força, seja ela a militar seja a da autoridade hierárquica ou a pressão psicológica.
Tarcisio Cardieri
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Melhores textos: A ARTE DO SILÊNCIO
Certa vez, um homem tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o vizinho acabou sendo preso.
Algum tempo depois, descobriram que era inocente.
O rapaz foi solto e, após muito sofrimento e humilhação, processou o homem/vizinho.
No tribunal, o homem/vizinho disse ao juiz:
- Comentários não causam tanto mal...
E o juiz respondeu:
- Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel.
Depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho de casa.
Amanhã, volte para ouvir sentença!
O homem/vizinho obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse:
- Antes da sentença, terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem!
- Não posso fazer isso, meritíssimo! - respondeu o homem.
O vento deve tê-los espalhado por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão!
Ao que o juiz respondeu:
- "Da mesma maneira, um simples comentário, que pode destruir a honra de um homem,
espalha-se a ponto de não podermos mais consertar o mal causado".
"Se não se pode falar bem de uma pessoa, é melhor que não se diga nada!"
"Sejamos senhores de nossa língua, para não sermos escravos de nossas palavras."
Nunca se esqueça:
Quem ama não vê defeitos...
Quem odeia não vê qualidades...
E quem é amigo vê as duas coisas...
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Melhores textos: Gerenciamento digital de direitos (DRM*)
por Cory Doctorow
Microsoft Research DRM talk -
Palestra sobre DRM na Microsoft Research
Cory Doctorow, 17 de Junho de 2004
1. Sistemas pra DRM não funcionam
2. Sistemas pra DRM fazem mal a sociedade
3. Sistemas pra DRM são ruins pros negócios
4. Sistemas pra DRM são ruins pros artistas
5. DRM é uma péssima decisão de negócios para a MSFT
1. Sistemas pra DRM não funcionam
Este item se divide em duas partes:
1. Um pequeno curso-relâmpago para relembrar um pouco de teoria de criptografia.
2. Aplicar isso a DRM.
Bem, esse esquema é bem bestinha: assim que alguém descobrir seu algoritmo, seu segredo já era.
Agora, vamos aplicar isso a DRM.
Mas esse é o ponto. Alice quer que Bob compre Piratas do Caribe dela. Bob só vai comprar Piratas do Caribe se ele puder desembaralhar o vídeo criptografado com CSS no DVD player dele. De outro modo, o disco DVD só seria útil a Bob como apoio de copo [ou como frisbee]. Então Alice tem que entregar a Bob - o atacante - a chave, a cifra e o texto cifrado.
**Risadas na platéia**
Sistemas pra DRM são normalmente quebrados em minutos, algumas vezes em dias. Muito raramente, em meses. Isso não acontece por que as pessoas que projetam os sistemas são burras. Também não é porque as pessoas que os quebram sejam espertas. Não é porque há falhas nos algoritmos. No final das contas, todo sistema pra DRM tem uma vulnerabilidade em comum: eles têm que entregar ao atacante o texto cifrado, a cifra e a chave. E nessa hora, o segredo já não é mais segredo.
2. Sistemas pra DRM fazem mal à sociedade
Levantem suas mãos se você está pensando, "Mas DRM não tem que ser a prova de atacantes espertos, só dos indivíduos medianos! É como se fosse uma lombada na rua!" Pode abaixar sua mão. Esta é uma falácia por duas razões: uma técnica e uma social. No entanto, as duas prejudicam a sociedade.
Aqui está a razão técnica: Eu não preciso ser um cracker para quebrar o sistema de DRM. Eu só preciso saber como procurar no Google, no Kazaa, [no e-mule,] ou em qualquer outra ferramenta que faça procura pela "mensagem decifrada" [seja ela música, filme, jogo, programa de computador, etc.] que alguém mais esperto do que eu já extraiu.
Levantem suas mãos quem estiver pensando algo tipo, "Mas NGSCB pode resolver este problema: nós vamos trancar os segredos na placa lógica e cobrir tudo com epoxy."
Baixem suas mãos.
Hollywood encontrou outros modelos de negócios, assim como os transmissores de TV encontraram, assim como os artistas e os publicadores de música também encontraram, e foi criada mais arte que pagou mais artistas e alcançou uma audiência maior.
Existe uma coisa que cada novo modelo de negócios de arte tem em comum: todos abraçaram a nova mídia em que viveram.
Aqui estão as duas coisas mais importantes para se saber sobre computadores e a Internet:
1. Um computador é uma máquina para manipular bits.
2. A Internet é uma "máquina" para mover bits de um lugar a outro de maneira muito barata e rápida.
5. DRM é uma péssima decisão de negócios pra MSFT
A Sony não pediu permissão. Nem você deveria.
Vá construir um aparelho que possa tocar os discos de todo mundo.
Porque se você não o fizer, alguém o fará.
eof
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[Pequeno Posfácio
Tradução por Börje Karlsson (tellarin at sounerd dot com)
Edição e formatação adicional por Silvio Meira
A versão canônica dessa palestra pode ser encontrada em
http://craphound.com/msftdrm.txt
Outras versões:
• Versão anotada por Quinn Norton num Wiki:
http://www.commonhouse.net/wiki/drm/FrontPage
• Edição audiobook por Jason Kottke em formato MP3:
http://www.kottke.org/04/06/cory-drm-talk
• Versão HTML bem feita por Anil Dash:
http://www.dashes.com/anil/stuff/doctorow-drm-ms.html
• Versão por Trevor Smith's que permite linkagem a parágrafos:
http://trevor.typepad.com/blog/files/msftdrm-purple.html
• Tradução para italiano por Luca Lizzeri num Wiki:
http://www.wikilab.net/banditi/tiki-index.php?page=MicrosoftDrmTalk
• Recortes automatizados do texto gerados por computador por Alan Taylor:
http://www.kokogiak.com/thatboxinthecorner/drmcutup.asp
• Versão para impressão por Pat Berry
• Projeto de Matt do M@blog para traduzir a palestra para o japonês via Wiki
• Tradução italiana por Domenico Della Side:
http://www.linux.it/GNU/opinioni/msftdrm.it.shtml